#ParemDeNosMatarPOA
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente pela sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana.
No Brasil, a Campanha acontece desde 2003 e, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras, as atividades aqui começam em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Em Porto Alegre, este ano, denunciamos o descaso do poder público com as políticas públicas de enfrentamento às violências contra as mulheres em nossa cidade, no nosso estado e País.
Na Capital encaramos a desarticulação da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres e seus reflexos na vida de meninas e mulheres que precisam de acolhimento e segurança e têm seus direitos negados.
No Rio Grande do Sul, sofremos com o desmonte de políticas públicas essenciais ao enfrentamentos das violências, seja no fim de programas artísticos e culturais que garantiam o repasse de verbas a projetos que contribuem com as discussões e as mudanças dos cenários postos e da tentativa de diminuição do estado, através da precarização da vida das servidoras e servidores públicos. Além disso, encaramos a extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres, em 2015, um claro sinal de que as políticas públicas para as mulheres não estariam e não estão entre as prioridades.
Dados de violência contra mulher em Porto Alegre:
Janeiro de 2017 a setembro de 2017
Ameaça: 3003
Lesão corporal: 2639
Estupro: 172
Feminicídio consumado: 7
Tentativa de Feminicídio: 69
Fonte: http://www.ssp.rs.gov.br/indicadores-da-violencia-contra-a-mulher